Quinta-feira, 17 de Maio de 2007

Teologia e hipocrisia

 

 

É lá longe que cenas como esta acontecem?

É esta ignorância aproveitada pelo fanatismo de alguns povos (arriscava-me a dizer quase todos) o retrato do nosso mundo.

Aconteceu, acontece e continuará a acontecer se continuarmos a fechar os olhos a noticias como a da rapariga de 17 anos que foi apedrejada até á morte em Mosul no Iraque.

Como é que influentes autoridades espirituais contemporâneas continuam a nada fazer quando o problema vem do foro teológico, ou como queiram, da moral. Vivemos numa sociedade global, onde á imagem de pequenos agregados desta (por exepmplo: Portugal ou outro sitio qualquer), ou seja, os calcanhares de Aquiles das sociedades, também os países onde este tipo de atrocidades acontecem são os calcanhares de Aquiles desta sociedade global que é o mundo em que vivemos. Estes pequenos roedores, são esquecidos e relembrados quando se trata de uma qualquer riqueza que tenham. são postos á margem dos problemas mundiais. Também para quê tanto alarido quando o pequeno problema é a morte de algumas mulheres que ousam fazer o que a sua vontade ordenou. Ups mas elas não têm vontade, nem quereres nem nada, o que elas têm é maridos, pais e irmãos que as conduzem, que as guiam na sua infinita sabedoria.

Verdade seja dita, qual é o mal de cortarem o clitoris ás criancitas? o que interessa é que não se corte o pénis dos rapazitos e futuros senhores de bem, que carregam a grande mala da moral.

Mas talvez os lideres religiosos tenham o bom senso de pôr termo a isto ... não isso não, era demasiada responsabilidade para os bons senhores que têm de deixar fazer-se justiça. Aquelas fêmeas, descendentes de sabe-se lá o quê não tem sofrimento e além disso se a tiverem, o apedrejar, cortar, bater o que se quiser, há para todos os gostos e feitios,   isso é a purgação, a limpeza daquela alma porca e imunda de quereres.

Pois é, o que não falta para ai é muita e inconfessável hipocrisia.

pelo andamento que isto leva, qualquer dia estamos a assistir a um qualquer programa em que em vez de um touro na arena temos mulheres e nas bancadas pedritas a olharem para elas.

Tenho para mim, que as boas intenções dos lideres religiosos é dúbia, muito dúbia. Porque pouco lhes deve  importar o bem, a inocência, quando interesses maiores se levantam e além disso, se isto é para as entidades um simulacro demasiado frequente da hipocrisia, estamos lixadas.

 


publicado por osmosephilosofica às 12:56
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Quarta-feira, 16 de Maio de 2007

És livre?

 

 

 

 

 

O prazer da filosofia é quebrar certas certezas e abrir espaço para novas perspectivas.

Tenta debruçar-te sobre assuntos que normalmente achas que são demasiado óbvios para serem pensados!!!

Assuntos do género: qual é o meu papel na vida? Ou uma coisa mais, quem sabe .... mais terra á terra, por exemplo, será que sou realmente livre?

Pois já deves estar a pensar, bom está na hora de fechar este blog e pesquisar uma coisa mais interessante ... humm deixa cá ver, por exemplo, como é que foi o último episódio do programa A Bela e o Mestre, ou quem sabe a tertulia cor de rosa .

Se achas que é uma perda de tempo estares aqui, tens bom remédio,sai.São assuntos chatos??? Se não pensares neles agora, com certeza em alguma circunstância da tua vida irás fazê-lo e nessa altura em que te vires obrigado a fazê-lo não irá ser com prazer mas sim porque alguma adversidade assim te o impôs.

 

Bom mas passada esta pequena introdução, se ainda continuares interessado, lê, reflete e faz alguma coisa por ti, eu pelo meu lado todos os dias, uns piores outros melhores tento fazê-lo.

 

A liberdade é o oposto de submissão, servidão e sinónimo de independência do ser humano. Mas será que somos realmente livres? Ou é só uma expressão que utilizamos para pensarmos que o somos?

De uma maneira geral, liberdade significa a autonomia de um indivíduo racional, qualificando assim a condição dos comportamentos humanos voluntários.

Desta forma, será a liberdade uma causa expontânea do nosso comportamento e por isso criado por decisão própria ou será algo causado pelo exterior?

Será que uma pessoa ignorante ao fazer escolhas indeferenciadamente, é por isso menos livre que uma pessoa esclarecida?

Será que sendo autonomos e desta forma dando regras a nós mesmos e que estas ao serem seguidas racionalmente são sinónimo de liberdade?

Será que o chamado livre-arbitrio é realizado de forma-pura como pretendia Kant? Será que nos exprimimos realmente, na sua  totalidade enquanto ser-per-si acarretando com isto a responsabilidade e a ousadia dos nossos actos?

Ou por outro lado, as nossas acções não são livres?

Sendo para alguns o homem, objecto entre objectos, coisa entre coisas, não possui liberdade de acção porque não é livre. Para deliberar sobre a sua vontade, isto é, puramente não escolhemos o que desejamos ou queremos. Será que o que parece escolha não é antes uma ilusão ocasionada pela mera consciência sobre os próprios desejos? Ou ainda, será que temos uma liberdade tal, que só não somos livres para sermos livres?

 

Posto isto, depois de tantos serás, será que tiraste alguma coisa de útil para ti???

 

 

 

 

 

 

 


publicado por osmosephilosofica às 17:11
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