Quarta-feira, 16 de Maio de 2007

És livre?

 

 

 

 

 

O prazer da filosofia é quebrar certas certezas e abrir espaço para novas perspectivas.

Tenta debruçar-te sobre assuntos que normalmente achas que são demasiado óbvios para serem pensados!!!

Assuntos do género: qual é o meu papel na vida? Ou uma coisa mais, quem sabe .... mais terra á terra, por exemplo, será que sou realmente livre?

Pois já deves estar a pensar, bom está na hora de fechar este blog e pesquisar uma coisa mais interessante ... humm deixa cá ver, por exemplo, como é que foi o último episódio do programa A Bela e o Mestre, ou quem sabe a tertulia cor de rosa .

Se achas que é uma perda de tempo estares aqui, tens bom remédio,sai.São assuntos chatos??? Se não pensares neles agora, com certeza em alguma circunstância da tua vida irás fazê-lo e nessa altura em que te vires obrigado a fazê-lo não irá ser com prazer mas sim porque alguma adversidade assim te o impôs.

 

Bom mas passada esta pequena introdução, se ainda continuares interessado, lê, reflete e faz alguma coisa por ti, eu pelo meu lado todos os dias, uns piores outros melhores tento fazê-lo.

 

A liberdade é o oposto de submissão, servidão e sinónimo de independência do ser humano. Mas será que somos realmente livres? Ou é só uma expressão que utilizamos para pensarmos que o somos?

De uma maneira geral, liberdade significa a autonomia de um indivíduo racional, qualificando assim a condição dos comportamentos humanos voluntários.

Desta forma, será a liberdade uma causa expontânea do nosso comportamento e por isso criado por decisão própria ou será algo causado pelo exterior?

Será que uma pessoa ignorante ao fazer escolhas indeferenciadamente, é por isso menos livre que uma pessoa esclarecida?

Será que sendo autonomos e desta forma dando regras a nós mesmos e que estas ao serem seguidas racionalmente são sinónimo de liberdade?

Será que o chamado livre-arbitrio é realizado de forma-pura como pretendia Kant? Será que nos exprimimos realmente, na sua  totalidade enquanto ser-per-si acarretando com isto a responsabilidade e a ousadia dos nossos actos?

Ou por outro lado, as nossas acções não são livres?

Sendo para alguns o homem, objecto entre objectos, coisa entre coisas, não possui liberdade de acção porque não é livre. Para deliberar sobre a sua vontade, isto é, puramente não escolhemos o que desejamos ou queremos. Será que o que parece escolha não é antes uma ilusão ocasionada pela mera consciência sobre os próprios desejos? Ou ainda, será que temos uma liberdade tal, que só não somos livres para sermos livres?

 

Posto isto, depois de tantos serás, será que tiraste alguma coisa de útil para ti???

 

 

 

 

 

 

 


publicado por osmosephilosofica às 17:11
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2 comentários:
De nutrideco a 17 de Maio de 2007 às 16:38
Tinha 15 anos quando fui pela primeira vez com a minha irmã á u.n.l assistir a uma aula de Ética. Tema da aula: "a liberdade"! Pensei logo que seria uma grande oportunidade de conhecer um tema que tanto me intrigava (aquelas noites filosóficas com a minha irmã levantavam questões como esta)... o meu espírito curioso deve ter chamado a atenção da professora que decidiu entregar-me a primeira questão da aula "a menina, sabe-me dizer o que é a liberdade?". A minha resposta limitou-se a uma olhar de puro desespero direito á minha irmã...
Para mim, a liberdade é como o monte Evereste... difícil de conquistar... e quando se conquista, perde-se sempre qualquer coisa... não me refiro a dedos, narizes... não, refiro-me a valores! A busca da liberdade leva a que sejam transpostos valores políticos, religiosos, éticos, etc... Não sou um ser livre, nunca o serei... mas também, não sei se quereria! Cara osmosephilosofica, parabéns pelo post, e espero ver mais em breve ;)
beijinhos


De Burita a 22 de Maio de 2007 às 16:58
Desde já os meus parabéns pelo blog. É sempre bom haver algo que suscite as mentes enferrujadas de muitos portugueses, que neste momento estão "presas" à sociedade, sob a forma de programas fúteis e desinstrutivos. É certo que muitos deles assim o querem, e desde logo ficam submissos a eles mesmos.
Somos livres? Claro que não.
Cada indiciduo constrói na sua vida um pouco da sua liberdade, comandada pelos seus actos e palavras. Mas essa liberdade está, e sempre estará, presa a uma sociedade com regras.
Em suma, e nesta perspectiva, podemos afirmar que "ainda" somos livres, até se começar a cobrar IVA por sonharmos.



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